domingo, 27 de junho de 2010

Sobre Maradona, um cronópio



O constraste - aos menos a nós brasileiros - entre as figuras de Maradona e Dunga, atuais técnicos das seleções da Argentina e do Brasil, é evidente.

A explicação é cortazariana e simples: Dunga é um fama (delegado truculento do tipo que há tantos Brasil afora), e Maradona, um cronópio.

Júlio Córtazar, escritor argentino, escreveu sobre os cronópios:

Cuando los cronopios cantan sus canciones preferidas, se entusiasman de tal manera que con frecuencia se dejan atropellar por caminones e ciclistas, se caen por la ventana, y pierden lo que llevaban en los bolsillos y hasta la cuenta de los días. (CORTAZAR, Julio. Historias de cronopios y de famas. Bogotá: Editorial Nomos, 2005, p. 141.)


Em jogo contra a Grécia, pela primeira fase da Copa do Mundo em curso, dia 22 de junho, Maradona se assustou ao se deparar com a escalação do filosófico Sokratis Papastathopoulos e seu séquito de companheiros. El País mostrou o susto de Dom Diego, como se vê na charge acima.

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