Banca de jornal situada na Av. Morumbi (Brooklin- São Paulo), próximo à Av. Sto. Amaro, aproximadamente 17 h do dia 14 de novembro de 2008. Um senhor branco, de sandálias, calção e camisa à vontade, aparentando idade em torno de 60 anos, atravessa a rua, em direção à banca de jornal.
- Ô, Seo Rubens, o que vai ser hoje? - indaga o funcionário da banca,um homem negro, aparentando pouco mais de 30 anos.
- Tem caneta?
- Tem. O senhor vai querer de que cor?
- Azul.
Inclinando-se para procurar, o funcionário responde:
- Só tem preta.
- Não, preto não. Preto, comigo, só no braço! - diz, virando as costas e saindo.
O funcionário sorri. O outro toma a calçada e segue adiante.
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Quando eu nasci, eu era negro.
Quando eu cresci, eu era negro.
Quando eu tenho medo, eu sou negro.
Quando eu vou ao sol, eu sou negro.
Quando eu adoeço, eu sou negro.
Enquanto que você "homem branco"
Quando você nasceu, você era rosa,
Quando você cresceu, tornou-se branco,
Quando você vai ao sol, você fica vermelho,
Quando você tem frio, você fica azul,
Quando você tem medo, você fica verde,
Quando você adoece, você fica amarelo,
E, depois de tudo,
você tem a audácia de me chamar: Homem de cor.
(Autor desconhecido)
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